Adoçante X Açúcar: o adoçante é sempre melhor? Quais os tipos mais indicados?

Adoçante X Açúcar: o adoçante é sempre melhor? Quais os tipos mais indicados?

Trocar o açúcar pelo adoçante é uma estratégia muito comum devido à crença de
que o adoçante é mais benéfico para a saúde.

 

Além disso, o poder de adoçamento dos adoçantes é maior do que o da sacarose
(obtida da extração da cana de açúcar), de modo que seu uso poderia substituir
total ou parcialmente o consumo do açúcar refinado, ou de mesa, como é
comumente chamado.

 

Mas será que isso se aplica em todos os casos? Você sabe a diferença entre os
tipos de adoçante?

É sobre isso que falaremos neste post!

 

DIFERENÇAS ENTRE OS TIPOS ADOÇANTES

Primeiro, vamos falar das diferenças conceituais.

Adoçantes de mesa: são aqueles formulados para conferir sabor doce aos
alimentos e bebidas, devendo ser constituídos de edulcorantes previstos na
legislação, além de açúcar. Logo, é contra-indicado para diabéticos.

Adoçantes dietéticos: são formulado para dietas com restrição de sacarose,
frutose e ou glicose, de modo que atendem às necessidades de pessoas com
restrição a esses tipos de açúcar. Assim, as matérias-primas frutose,
sacarose e glicose não podem ser utilizadas em sua fabricação.

 

Porém, dentre esses dois tipos, existem vários outros, com diferentes propriedades
e recomendações de uso.

Vamos conhecer mais sobre eles?

 

Aspartame

O aspartame é um adoçante pouco calórico, contendo em torno de 4 calorias por
grama, e é muito usado para adoçar uma variedade de alimentos e bebidas de
baixa caloria, goma, cereais matinais e outros produtos secos.

 

Baseado em revisões de pesquisa do governo e recomendações de órgãos
consultivos, tais como o Comitê Científico da Alimentação Humana da Comissão
Europeia e a OMS, o aspartame foi considerado seguro para consumo humano em
mais de noventa países do mundo.

 

Porém, não deve ser utilizado para alimentos que necessitem ser assados, uma vez
que se torna instável sob altas temperaturas. Além disso, não pode ser utilizado por
pessoas diagnosticadas com fenilcetonúria, pois um de seus componentes é a
fenilalanina e a ingestão dessa substância deve ser controlada por pacientes com
essa doença.

 

Acessulfame-k (acessulfame de potássio)
O acessulfame-k não é metabolizado no corpo humano, de modo que não fornece
calorias e não influencia na ingestão geral de potássio, apesar do seu teor de
potássio.

 

Em 1988, seu uso foi aprovado em uma variedade de alimentos secos e em bebidas
alcoólicas. Em 2003, foi aprovado como adoçante de uso geral e intensificador de
sabor em alimentos, sob algumas condições de uso.

Pode ser utilizado como substituto do açúcar em produtos assados.

 

Sucralose

Ainda que a sucralose seja feita de açúcar, o corpo humano não a reconhece como
tal e não a metaboliza, de modo que ela não apresenta calorias.

 

A maior parte da sucralose ingerida, aliás, sequer sai do trato gastrointestinal e é
diretamente excretada nas fezes, enquanto cerca de 11% a 27% é absorvido.

 

Ela foi aprovada para utilização como adoçante de uso geral em 1999, ainda que
sob algumas condições de uso. É encontrada em produtos de padaria, algumas
bebidas adoçadas artificialmente, chicletes, gelatinas e sobremesas congeladas à
base de leite.

Também substitui o açúcar em produtos assados.

 

Estévia

A estévia é uma erva natural 10 a 15 vezes mais doce que a sacarose.
Como o corpo humano não metaboliza esses glicosídeos, ele não obtém calorias da
estévia. Além disso, por não se dissolver no calor, a estévia é um excelente
adoçante para cozinhar e assar.

 

Outra boa notícia é que alguns estudos indicaram que a estévia tende a diminuir a
pressão arterial elevada. Isso melhoraria significativamente o estado nutricional de
diabéticos.

 

Produzida com as folhas de uma planta conhecida como Stevia, encontrada em
alguns lugares da América do Sul, os testes de uso foram realizados em 2008 e a
Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece sua utilização como adoçante
para uso geral e/ou substituta do açúcar.

 

Xilitol

O xilitol é facilmente metabolizado pelo corpo e independe da insulina para ser
absorvido. Seu índice glicêmico é 8 e o valor calórico corresponde a 2,4 calorias/g.

 

Em 1996, o Comitê Misto de Peritos em Aditivos Alimentares (JECFA) confirmou a
segurança do xilitol para o consumo. Em 2009, o Comitê Científico da União
Europeia para a Alimentação da Comunidade Europeia também determinou que o
xilitol é aceitável para uso geral.

 

MAS, AFINAL, ADOÇANTE É SEMPRE MELHOR QUE
AÇÚCAR?

Um estudo recente publicado no Canadian Medical Association Journal mostra que
adoçantes artificiais podem não ter efeitos tão positivos assim, quando comparados
com o açúcar. A revisão sistemática considerou um total de 37 pesquisas, mais de
400 mil pessoas e um período médio de 10 anos.

 

Os adoçantes artificiais testados incluíam aspartame, sucralose e alguns
esteviosídeos, mas os resultados foram os mesmos: o consumo elevado e a longo
prazo desses produtos pode acarretar em um ganho significativo de peso.

 

Noutro estudo comparativo, publicado no American Journal of Clinical Nutrition,
bebidas adoçadas artificialmente com adoçantes similares apontam para um
aumento de 21% no risco de diabetes tipo 2, enquanto as bebidas adoçadas com
açúcar podem aumentar em até 43% esse risco.

 

Ou seja, embora o adoçante seja, de fato, menos nocivo que o açúcar, ele não é
isento. O ideal, portanto, é nunca abusar de seu consumo e buscar as alternativas
mais naturais possíveis, sempre!

 

Para isso, conte com uma equipe de especialistas em Nutrologia, que podem te dar
as orientações adequadas ao seu estilo de vida e aos seus objetivos.

 

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