Doença do refluxo gastroesofágico: 23 alimentos que diminuem a azia

Doença do refluxo gastroesofágico: 23 alimentos que diminuem a azia

A doença de refluxo gastroesofágico (DRGE) é uma condição crônica caracterizada
pelo retorno do conteúdo do estômago ao esôfago, podendo causar algumas
complicações.

 

Basicamente, quando uma pessoa se alimenta, a comida passa da garganta para o
estômago através do esôfago. Uma vez lá, o esfíncter esofágico inferior (uma
espécie de anel composto por fibras musculares) impede que o alimento “ande para
trás”, ou seja, retorne ao esôfago.

 

Se o esfíncter esofágico inferior não fechar bem, tudo o que a pessoa comeu, bebeu
e até mesmo o suco gástrico, que auxilia na digestão dos alimentos, pode vazar de
volta para o esôfago.

 

Isso é o que chamamos de refluxo gastroesofágico. Quando acontece duas vezes
por semana, ou mais, pode ser o caso de DRGE.

 

Sintomas da doença do refluxo gastroesofágico

A princípio, os sintomas incluem azia frequente e queimação no peito (que
geralmente aparece depois que a pessoa come e tende a piorar ao deitar). Eles
podem evoluir para regurgitação, dor quando a pessoa engole a comida e dores no
tórax e, em casos mais avançados, dificuldade de respirar também.

 

Se não for tratada, a DRGE pode levar a complicações como:

● esofagite;
● erosão do esmalte dos dentes;
● esôfago de Barrett (mudança das células da porção inferior do esôfago, que
pode ocasionar em displasia e, eventualmente, câncer de esôfago).

 

Condições como obesidade, gravidez, diabetes e tabagismo podem aumentar as
chances do surgimento da doença do refluxo gastroesofágico, mas um dos
principais fatores envolvidos na DRGE é a alimentação.
Uma dieta que inclua muito chocolate, pimenta, frituras, café e bebidas alcoólicas,
por exemplo, contribui significativamente para o refluxo gastroesofágico.

 

Assim, se diagnosticada com antecedência, o tratamento da doença é relativamente
simples pode ser baseado em mudanças no estilo de vida e, claro, nos hábitos
alimentares.

 

Alimentos que ajudam no controle da doença do refluxo
gastroesofágico

Mas em se tratando especificamente da alimentação, um estudo publicado no
periódico Nutrition observou que uma dieta hipoglicídica (em que há pouquíssima
ingestão de carboidrato), porém rica em alimentos com pH ácido, pode diminuir o
pH do suco gástrico e inibir a produção adicional de ácido clorídrico, principal
responsável pelo sintoma de queimação.

 

Assim, ela reduziria, ou até faria desaparecer, alguns dos sintomas típicos das
doenças gastroesofágicas, especialmente a azia.

 

O plano alimentar para o estudo consistia em:

● alta ingestão de proteínas;
● maior ingestão de gorduras;
● menor ingestão de carboidratos (simples e complexos);
● ingestão diária do suco de dois limões;
● 100g diários de tomate laranja fresco sem sementes, que ingeridos crus ou
cozidos e descascados.

 

Em base dos resultados obtidos, uma dieta possível para o tratamento da DRGE
incluiria:

Proteínas
1. Carne vermelha;
2. Frango;
3. Peixe (que também é fonte de ômega-3, um tipo de gordura poli-insaturada);
4. Quinoa;
5. Grão-de-bico;
6. Feijão;
7. Lentilha;
8. Aveia;
9. Chia;
10. Oleaginosas;
11. Ovos;
12. Laticínios.

 

Gorduras

Saturadas

1. Cortes de carne gordurosos (picanha e bifes com gordura);
2. Manteiga;
3. Leite;
4. Banha de porco (pode ser usada para cozinhar).

 

Mas atenção: a ingestão de gorduras saturadas não deve ultrapassar as diretrizes
estabelecidas pelo seu médico, uma vez que seu consumo excessivo pode ser
prejudicial.

 

Insaturadas

1. Azeite de oliva;
2. Abacate;
3. Salmão;
4. Atum;
5. Sardinha;
6. Linhaça;
7. Chocolate amargo (70% cacau).

 

Considerações à dieta para o tratamento da doença do refluxo
gastroesofágico

Isso não significa, porém, que aqueles que sofrem com a DRGE nunca mais devem
ingerir carboidratos ou outros tipos de alimentos.

 

É importante ressaltar, portanto, que essa descoberta não significa que as dietas
com pouco ou nenhum carboidrato, mantidas por longos períodos, podem ser
consideradas “mais corretas” para um estilo de vida saudável.

 

A duração do tratamento e suas substituições pontuais e vão depender do estágio
da doença e da gravidade dos sintomas, de modo que é imprescindível se consultar
com um especialista em nutrição para que ele elabore o melhor plano, de acordo
com as necessidades de cada paciente.

 

Além disso, outras práticas comuns a uma vida mais saudável também são
essenciais para a prevenção do surgimento da DRGE.

 

Parar de fumar, emagrecer (no caso de obesidade ou sobrepeso), reduzir o
consumo de álcool, evitar refeições pesadas à noite e não deitar depois das
refeições são alguns hábitos que devem ser estimulados no controle do refluxo
gastroesofágico, uma vez que podem reduzir os sintomas.

 

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