Emagrecer é um desafio que envolve diversos fatores. É preciso saber não só o que comer, mas também quando, como e por quê, pois é isso que vai garantir a eficácia de uma dieta de acordo com os seus objetivos.
Mas, na pressa, muitos optam por atalhos ou tomam decisões que nem sempre os ajudarão a chegar aos resultados esperados. Uma delas é achar que uma dieta para emagrecer se restringe à contagem de calorias.
A seguir, nossa equipe explica por que não é sempre esse o caso. Acompanhe!
POR QUE CONTAR CALORIAS NÃO É O SUFICIENTE PARA EMAGRECER?
Todo mundo conhece a “fórmula”: quem quer emagrecer, precisa gastar mais calorias do que consome.
Mas o que essa máxima não te diz é que, embora sejam importantes, as calorias não devem ser a maior preocupação na sua alimentação.
O que realmente faz a diferença para quem quer otimizar o metabolismo é a ingestão estratégica dos macronutrientes e dos micronutrientes, que desempenham funções complexas e essenciais no nosso corpo, como recuperação muscular, fornecimento de energia e manutenção da saúde.
Os macronutrientes são os componentes fundamentais para o nosso organismo, ou seja, são as proteínas, os lipídios e os carboidratos.
Já os micronutrientes são as vitaminas e os minerais, que embora não precisem ser consumidos em quantidades tão grandes, ainda assim são mandatórios em uma alimentação de qualidade.
Mas dentro de uma dieta de 1000 calorias por dia, por exemplo, podem existir diversas estratégias. Umas podem conter maior consumo de carboidratos, outras maior consumo de proteínas, outras maior consumo de gorduras – isso varia muito de pessoa para pessoa.
Outro ponto importante é a qualidade das calorias ingeridas. Se os carboidratos que você consome são majoritariamente simples (contém maior índice glicêmico), seus efeitos sobre o corpo não serão tão positivos quanto os dos carboidratos complexos.
Da mesma forma, sensacionalismos são prejudiciais. O consumo de gordura saturada não é ruim, por exemplo, desde que sejam respeitadas as diretrizes do seu plano alimentar. É tudo uma questão de saber equilibrar os nutrientes e prezar pelas melhores fontes possíveis.
Sendo assim, mais importante do que contar calorias é elaborar uma estratégia alimentar que considere as demandas do seu corpo, as metas que você quer alcançar e as nuances do seu cotidiano.
EMAGRECER NÃO É SÓ PERDER PESO
É clichê, mas é verdade: a pressa é inimiga da perfeição.
Perder 5kg em uma semana pode ser muito tentador para quem não vê a hora de atingir o peso ideal, mas será que o preço que se paga pelo atalho vale mesmo a pena?
Alternativas como a dieta detox, por exemplo, ganham popularidade em torno da promessa da perda rápida e “saudável” de peso. Afinal, você estará ingerindo sucos de frutas e vegetais, então não pode ser ruim, certo?
Errado. Devido às restrições de alimentos, ocorre, também, uma restrição de nutrientes, razão pela qual não é recomendado que a dieta se estenda por um longo período. Além disso, mesmo que com a dieta detox você perca um pouco de peso, ele será facilmente recuperado uma vez que você retomar sua alimentação usual.
O mesmo vale para jejuns prolongados ou restrições alimentares infundadas. Opções como a restrição completa carboidratos não são milagrosas, pelo contrário: podem prejudicar significativamente sua performance, comprometendo sua energia e te privando de um nutriente essencial para o seu cotidiano.
Passar 24 horas sem comer, como ocorre em algumas sugestões de jejum intermitente, também pode acabar fazendo muito mais mal do que bem, especialmente se a estratégia for adotada sem um amparo médico e seguindo apenas recomendações indiscriminadas na internet.
É preciso que você conheça e, sobretudo, respeite as necessidades e o ritmo do seu corpo. Medidas drásticas sequer chegam a ser paliativas, uma vez que podem comprometer não só os seus resultados no futuro, mas também a sua saúde.
CONCLUSÃO
Quando falamos em emagrecer, não falamos só em perder peso ou reduzir a ingestão calórica diária. Emagrecer envolve a reeducação alimentar, que vai adequar o seu corpo a necessidades mais saudáveis, para que então seja conduzida uma estratégia conforme os seus objetivos pessoais – sempre respeitando, porém, suas necessidades físicas em primeiro lugar.
