O que é obesidade? Veja 2 mitos e 2 verdades sobre essa doença!

O que é obesidade? Veja 2 mitos e 2 verdades sobre essa doença!

De acordo com pesquisas recentes do Ministério da Saúde, o índice de obesos no
país cresceu 60% em dez anos, passando de 11,8% em 2006 para 18,9% em 2016.

 

As causas são diversas e é difícil apontar a principal responsável por esse aumento.
Além disso, a busca pela resolução do problema da obesidade, em qualquer parte do
mundo, ainda esbarra em alguns desafios.

 

Mitos e informações equivocadas sobre o assunto muitas vezes ficam na frente de um
diagnóstico de qualidade, atrapalhando tanto quem sofre com essa condição quanto
os profissionais responsáveis por preveni-la e tratá-la.

 

É por isso que, antes de qualquer coisa, é preciso saber o que é obesidade, realmente,
entender como ela se desenvolve e quais consequências ela pode gerar.

 

Vamos lá?

VERDADE: A obesidade é uma condição médica acarretada pelo excesso de gordura corporal,
podendo prejudicar a saúde

A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal em um indivíduo,
de acordo com os parâmetros do índice de massa corporal (IMC).

 

Esse índice é calculado dividindo-se o peso do paciente por sua altura elevada ao quadrado.
É o padrão utilizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que classifica o peso como
sendo normal quando o resultado do cálculo do IMC está entre 18,5 e 24,9.

 

Para ser considerada obesa, o IMC de uma pessoa deve estar acima de 30. Logo, nem todas
as pessoas com sobrepeso são obesas ou têm problemas de saúde.

 

Porém, devido ao acúmulo de gordura, a obesidade, sim, se torna fator de risco para uma
série de doenças. Pessoas obesas têm mais propensão a desenvolver problemas como hipertensão,
doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, além de problemas físicos como artrose, refluxo
esofágico e tumores de intestino e de vesícula, ou psicológicos, como depressão.

 

MITO: A obesidade é apenas resultado de maus hábitos, como comer demais

Muitos acreditam que a obesidade decorre apenas de “preguiça” ou “excesso de comida”.

Porém, essa condição é bem mais complexa e pode resultar de mudanças hormonais,
fatores hereditários e até de uma soma de diversos fatores, como disfunções endócrinas e
transtornos psicológicos que facilitam a sujeição à doença.

 

Portanto, embora o ganho de gordura corporal de fato dependa da alimentação e do sedentarismo,
é preciso investigar os fatores que possam sabotar o processo de emagrecimento, ou estimular
o acúmulo de gordura.

 

VERDADE: Exercícios e apoio psicológico também fazem parte do tratamento

Relacionamentos sociais são menos frequentes entre obesos, devido à diminuição da autoestima
decorrente da condição. Por isso, o apoio psicológico também deve ser uma preocupação durante
o tratamento, uma vez que é importante que o indivíduo se sinta amparado para querer
continuar no processo.

 

E como os exercícios físicos, em paralelo com uma alimentação direcionada, são, comprovadamente,
a melhor estratégia para o tratamento da obesidade, é importante que a autoestima não fique no
caminho da prática de atividades físicas.

 

A OMS recomenda 150 minutos de atividade física moderada ou 75 minutos de atividade física
intensa por semana para a obtenção de diversos benefícios para a saúde e redução dos riscos
associados à obesidade.

 

MITO: É só a pessoa fazer dieta que ela deixa de ser obesa

A alimentação é essencial para o tratamento da obesidade. Contudo, como vimos, ela não é o único
fator envolvido.

 

Primeiro, é preciso determinar a gravidade da situação e verificar se existe a necessidade do uso
de medicamentos. Apnéia do sono, diabetes tipo 2 e arteriosclerose são alguns dos transtornos
que podem se manifestar junto da obesidade e também precisarão ser tratados.

 

O tipo de dieta que cada pessoa deverá fazer também vai variar. Se houver algum distúrbio endócrino,
por exemplo, pode ser necessário um plano nutrológico mais focado no equilíbrio dos micronutrientes
– isto é, vitaminas e minerais – afetados pela disfunção.

 

Além disso, uma alimentação excessivamente restritiva muito provavelmente não vai surtir o efeito
esperado e pode até desestimular a perda de peso. Por um lado, porque leva tempo para o corpo
se adaptar a uma nova condição de alimentação; por outro, porque dieta nenhuma faz milagre e a
restrição de nutrientes importantes – como carboidratos – pode acabar sendo prejudicial para o metabolismo.

 

Portanto, o fundamental é se consultar com um especialista, que irá elaborar o plano mais adequado
de acordo com as necessidades nutrológicas e os objetivos de cada um, individualmente.

 

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