Pequenas, mas poderosas, as oleaginosas têm se destacado entre os que buscam
uma alimentação mais equilibrada e uma vida mais saudável como uma alternativa
prática, versátil e altamente benéfica para o dia a dia.
Ainda que o termo abranja todos vegetais dos quais é possível extrair óleo, nós
costumamos chamar de oleaginosas os frutos de casca rija ou sementes
comestíveis, isto é, as nozes, as castanhas, as amêndoas, as avelãs, dentre outros
de características similares.
Todos possuem propriedades particulares com efeitos significativamente positivos
para sua saúde, como uma série de nutrientes que agem prevenindo desde a
diabetes ao risco de morte por qualquer causa.
Alguns deles são:
1. proteína vegetal de alta qualidade;
2. gordura;
3. ácidos graxos insaturados;
4. fibras;
5. vitaminas (por exemplo: vitamina E, vitamina B6, folato e niacina);
6. minerais (zinco, potássio, cálcio e magnésio);
7. fitoquímicos (flavonoides, carotenóides e fitoesteróis).
Tais nutrientes já foram associados à redução do risco de mortalidade geral, de
doenças cardiovasculares, da diabetes tipo 2 e da síndrome metabólica, e seus
efeitos sobre a saúde podem ser atribuídos a diversos mecanismos, como:
● atividade antioxidante;
● redução do dano ao DNA;
● regulação da resposta inflamatória e da atividade imunológica;
● e efeitos anticarcinogênicos.
Essa combinação também apresentou resultados positivos no combate a certos
tipos de câncer, como o endometrial e o do cólon. Este, em especial, chamou a
atenção de vários cientistas, que vem observando que o consumo frequente de
oleaginosas pode ser uma importante estratégia tanto para prevenir seu surgimento,
quanto reduzir as chances de óbito e reincidência da doença.
O câncer colorretal
Boa parte dos casos de câncer colorretal, em estágio inicial, não apresenta
manifestações clínicas. Por isso, é importante se atentar a qualquer mudança no
comportamento intestinal e a sintomas como:
● diarreia ou constipação;
● sensação de que o intestino não é completamente esvaziado;
● presença de sangue nas fezes.
● dor abdominal (tipo cólica) e sensação de inchaço abdominal;
● perda de peso sem um motivo específico;
● cansaço e fadiga constante.
Esses sintomas também estão relacionados a outras doenças e não são
necessariamente exclusivos do câncer colorretal. Entretanto, existindo qualquer
suspeita, um médico deverá ser consultado para o diagnóstico preciso.
Já o tratamento do câncer colorretal vai depender do tamanho, da localização e da
propagação do câncer. Tratamentos comuns incluem cirurgia de remoção,
quimioterapia e radioterapia.
O papel das oleaginosas na prevenção do câncer colorretal
Estudos direcionado mostram que o consumo de oleaginosas é proporcional à
diminuição do risco de surgimento do câncer colorretal.
A ingestão de cerca de 84g por semana, por exemplo, foi associada a uma redução
de 24% na incidência da doença em um estudo publicado no JAMA, em 2002. Mais
recentemente, outro estudo mostrou que o consumo semanal de 45g também teria
efeitos positivos na prevenção desse tipo de câncer quando comparado com a não-
ingestão das oleaginosas.
Um estudo conduzido pelo Yale Cancer Center com pacientes em estágio avançado
também traz boa notícias: aqueles que consumiam regularmente pelo menos 46g de
oleaginosas por semana demonstraram ter 42% mais chances de uma sobrevida
livre da doença e 57% mais chances de sobreviver ao câncer, de forma geral.
Em base disso, a ingestão de 2-3 porções semanais de nozes, avelãs, castanhas e
sementes diversas é amplamente recomendada. Isso equivale a 84g por semana,
ou 12g por dia – um punhado que cabe na palma da sua mão!
Junto a uma alimentação balanceada, seguindo um plano nutrológico elaborado por
profissionais especializados, é possível viver muito mais e melhor com a ajuda
dessas pequenas grandes aliadas.
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